RAP | Ações e Estratégias COVID-19
Por Alketa Peci, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE), Fundação Getulio Vargas (FGV), RJ, Brasil
O dia 12 de dezembro de 2019 marcou o surgimento de um novo coronavírus (COVID-19), causador de epidemia de síndrome respiratória aguda nos seres humanos. Declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o COVID-19 vem expondo as fragilidades dos sistemas sanitários e desafiando governos globalmente.
A Revista de Administração Pública (RAP) elaborou uma série de ações que buscam se juntar aos esforços de atores públicos, privados e sem fins lucrativos mobilizados no enfrentamento da pandemia do COVID-19:
- Em colaboração com os professores Claudia N. Avellaneda, da Universidade de Indiana, EUA e Kohei Suzuki, da Universidade de Leiden, Holanda, foi elaborada a chamada de artigos sobre o tema “Respostas governamentais à pandemia do COVID-19”. A chamada busca reunir reflexões sobre estratégias adotadas por vários governos internacionais, permitindo construir uma base comparativa de análise das diferentes abordagens e seus resultados. Clique aqui para acessar.
- Uma segunda chamada especial de artigos “A resposta da administração pública brasileira aos desafios da pandemia” foi elaborada com o objetivo de reunir artigos curtos (até 4 mil palavras) que respondam, de modo cirúrgico, a desafios concretos impostos pela pandemia à administração pública no Brasil. Clique aqui para acessar.
- Por fim, a RAP disponibilizou um repositório de artigos publicados na revista sobre o tema de Gestão e Políticas Públicas de Saúde, permitindo acesso fácil aos interessados no tema. Clique aqui para acessar.
Contamos com a sua colaboração!
Alketa Peci
Editora
RAP
Chamada Especial de Artigos II: A resposta da administração pública brasileira aos desafios da pandemia
O dia 12 de dezembro de 2019 marcou o surgimento de um novo coronavírus, causador de uma epidemia de síndrome respiratória aguda nos seres humanos – doença denominada COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019). Desde então, tal vírus, em clara demonstração de desrespeito às fronteiras físicas dos países, vem desafiando e expondo as fragilidades dos sistemas de saúde em escala global, contaminando cerca de 400 mil pessoas e resultando, até o momento, em mais de 16 mil mortes em 195 países do mundo todo.
A atual pandemia de COVID-19 impõe vários desafios à administração pública. De modo quase imediato, o novo coronavírus expõe a musculatura ou o esqueleto dos sistemas de saúde e vigilância sanitária – públicos ou privados – em diversos países do mundo. Entretanto, os desafios não se resumem ao setor saúde. Gradualmente, as consequências dessa pandemia são sentidas em áreas como educação, segurança pública e logística, refletindo-se na expectativa de depressão na economia em um futuro próximo.
Especificamente no Brasil, uma pandemia desafia sobremaneira a população mais vulnerável, já castigada pela consistente queda de renda nos últimos anos. O vírus em questão, que contaminou inicialmente as classes média e alta do país, ameaça de modo mais violento os pobres. Os bolsões de pobreza que caracterizam, igualmente, grandes aglomerações urbanas e regiões remotas impõem a busca de soluções inovadoras e urgentes. De imediato, a maior parte da população brasileira apresenta dificuldade para responder à campanha de lavagem das mãos para prevenir a contaminação e transmissão do novo coronavírus, pois carece de produtos de higiene pessoal, como sabonete e álcool gel.
Nossa conta de saúde, educação, segurança e cidadania ainda não chegou… Estratégias como home working ou distance schooling não são facilmente traduzidas nesses contextos e demandam soluções rápidas e coordenadas de atores públicos, privados e sem fins lucrativos.
Por outro lado, a COVID-19 proporcionou tempo, ainda que escasso, para a aprendizagem voltada a políticas de enfrentamento da pandemia e suas consequências. Atores públicos, privados e sem fins lucrativos se encontram envolvidos na elaboração e implementação de iniciativas que demandam, mais do que nunca, a colaboração da academia.
Esta chamada especial de artigos tem por objetivo reunir artigos curtos (até 4 mil palavras) que respondam, de modo cirúrgico, a desafios concretos impostos pela pandemia à administração pública.
A tempestividade desta chamada não corresponde ao tempo que a pesquisa acadêmica demanda. Reconhecendo tal limitação, abrimos espaço para a publicação de artigos e comentários com propósitos de atualização e revisão. Acreditamos na capacidade dos pesquisadores apresentarem diagnósticos, análises e estratégias inovadoras, de alcance nacional, regional ou local, mantendo aberta a janela da evolução científica.
Sugerimos, entre os possíveis temas, tópicos como:
- Governança colaborativa e seu papel no combate à pandemia;
- O papel de empresas estatais, bancos de desenvolvimento e agências de promoção do desenvolvimento nesse cenário de emergência;
- O impacto de medidas provisórias e outras estratégias de governo para enfrentar situações que requerem ações imediatas;
- Boas práticas no combate à pandemia e seus meios de implementação;
- O papel da liderança política e da expertise técnica e científica no combate à pandemia;
- Coordenação intergovernamental;
- Implicações da pandemia para as políticas educacionais, de segurança pública e de logística, entre outras;
- Vulnerabilidade social e efeitos e estratégias de enfrentamento da pandemia;
- Os efeitos de diferentes abordagens, como teste em massa e isolamento social versus distanciamento social em massa;
- Abordagens comportamentais e enfrentamento da pandemia.
O prazo para a submissão dos trabalhos é até o dia 1º de maio de 2020. Entretanto, todos os artigos serão avaliados em fast track e serão disponibilizados em Early View na medida em que forem submetidos e aprovados pelo comitê editorial interno. Para informações adicionais, entre em contato via e-mail: Alketa Peci <Alketa.Peci@fgv.br>
–
–
Como citar este post [ISO 690/2010]:
Últimos comentários